23 Comentários

Roupa importa. Trabalhei em multinacional desde os 14 anos. Minha imagem nunca foi relevante pro meu cargo. Mas não tem um momento da minha vida onde a minha roupa não foi motivo de comentários de senhores. Nunca fui a Iris Apfel. Mesmo assim tudo o que eu usei já foi comentado. Eu tenho quase 40 agora. Ainda comentam. Amo que a Thais pontuou a cena como "você se acha melhor que isso, que você está além da roupa, mas você não está". É isso o tempo todo. Toda vez que alguem pergunta da onde é a sua roupa num tapete vermelho. Toda vez que vc entra na sala de reunião e um cara comenta o seu brinco. Um jogo secreto de dizer que roupa não importa mas nunca tirar a pauta da mesa. Te reduzir a uma imagem. Te associar a algo que não importa. Associar a mulher a objetos e não a feitos...

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parei tudo o que eu estava fazendo para ler esse texto, Thais. Perfeito. Estou aqui, tentando trabalhar, me recuperando de um luto e lembrando que voltei para casa para trocar a roupa com que ia para o velório do meu pai, que me preocupei com a roupa que estava usando na emergência do hospital de madrugada. Porque, talvez infelizmente, roupa importa.

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Thais, você faz falta nessa internet (comentário totalmente desprovido de qualquer pressão, que fique claro). Que análise! Aprendo muito com você. Obrigada!

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Ei Thais , que delícia te ler de volta aqui ! Parar e recomeçar é difícil... mas olha, parar e recomeçar no puerpério e mandar bem assim ?? Só Thais Farage pra fazer um milagre desse. Com 2 meses de pós parto amamentando exclusivo sequer conseguia lembrar se tinha escovado o dente ou não ☺️

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Thais, adoro te ler! Vida longa e próspera à sua escrita!

Obs.: demorei 30 minutos pra concluir a leitura, porque a todo momento eu PRECISAVA parar e mandar algum trecho pra algum amigo.

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Muito obrigada pela coluna! Com uma bebezuca mamona de 2 meses conseguir nos presentear com esse texto é uma dádiva.

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Como você consegue ser tão assertiva nas palavras? Ahahahaha sei como, pq vc estuda a vida inteira pra isso, mas é impressonante!

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Minha nossa, Thaís! Valeu à pena esperar dois meses por essa news. Que textão! Ainda não vi a série, mas já está no meu radar. Até separei um trecho pra mandar pras amigas, sobre o estar sempre desconfortável enquanto aos homens basta por um terno.

Aproveitando o espaço, será que você poderia escrever sobre o vestir da lactante? Também estou nessa fase e tenho sentido muita dificuldade em me arrumar, quando o primeiro pensamento tem que ser se dá certo pra amamentar.

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Se dá certo para amamentar

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Outra coisa que me incomoda na Kate é que ela passa a impressão de nunca estar limpa. Cabelo sempre sujo e ar de quem tomou banho há dias.

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A série A Diplomata, da Netflix, traz uma reflexão importante sobre como o vestuário feminino é usado como um instrumento de validação em ambientes de poder. Enquanto a protagonista, Kate Wyler, é obrigada a se apresentar impecavelmente vestida em alfaiataria para ser levada a sério, seus colegas homens têm mais liberdade para expressar conforto ou até mesmo descuido sem que isso comprometa sua autoridade. Essa disparidade reflete uma crítica social mais ampla: o padrão de vestimenta imposto às mulheres em espaços profissionais reforça a ideia de que sua competência está atrelada à aparência, enquanto os homens são julgados prioritariamente por suas ações e resultados. Essa obsessão com a estética feminina não só perpetua a desigualdade como também coloca sobre as mulheres uma carga adicional de trabalho emocional e financeiro. Afinal, até que ponto roupas elegantes deveriam ser necessárias para provar relevância, e por que ainda vivemos em uma sociedade que exige isso?

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Maravilhoso seu texto e sua análise! Vou ter que assistir a série agora ;)

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Que texto incrível! Eu terminei a série e só depois li seu texto. A experiência ficou completa. Fiquei em muitos momentos pensando se aquela conversa realmente aconteceria naquele tom (alguém chama a outro de desleixada em uma situação de trabalho com assimetria de poder?). Sempre muito, muito bom ler e reler o que você escreve! Obrigada, Thaís 🤍

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Eu acho que de certa forma quando alguém nos olha e nos entende como "mal arrumada", "desleixada", é como se pensasse imediatamente que se a gente não dá conta de cuidar da própria imagem, como vai dar conta de fazer o trabalho bem feito ou assumir um cargo maior? É como olhar para a mesa bagunçada de um colega de trabalho e imediatamente intuir que a casa dele é uma bagunça.

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A Netflix me indicou essa série e eu ignorei, agora vou ter que assistir!

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E muito obrigada por mencionar a diferença entre produções francesas e norte-americanas. Não tinha pensado nisso e é muito diferente mesmo.

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“aos homens é dado o poder sexual, são super sedutores, transam com todas as personagens e são criados para garantir suspiros na audiência, enquanto as mulheres ficam sempre no limite da loucura.” Simmmmm… tive vários momentos onde me sentia agoniada com a “bagunça” e angústia dela enquanto o marido e os outros caras pareciam tudo de boa, na maior parte do tempo. Foda…

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